ASTROS CELESTES
Astros celestes, ou corpos celestes, são objetos naturais que existem no universo, como planetas, estrelas, luas, asteroides, cometas, meteoroides, galáxias, nebulosas e outros. Eles podem ser luminosos (emitem luz própria, como estrelas) ou iluminados (refletem luz, como planetas e luas). Esses corpos estão distribuídos no espaço, interagindo gravitacionalmente, e são estudados pela astronomia para compreender a formação, evolução e dinâmica do universo.
A Astronomia é uma ciência natural que se ocupa basicamente em estudar os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre e a estrutura dos corpos celestes, como os planetas, as estrelas e outras estruturas cosmológicas (cometas, galáxias e nebulosas, por exemplo), e o próprio espaço em si. A palavra Astronomia vem do grego Astron, que significa astro, e Nomos, que significa lei.
Mercúrio: O Menor Planeta do Sistema Solar
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e o menor do Sistema Solar, com cerca de 4.880 km de diâmetro. Sua órbita é altamente elíptica, levando 88 dias para completar uma volta ao redor do Sol, enquanto seu dia (rotação) dura aproximadamente 59 dias terrestres.
Devido à proximidade com o Sol, Mercúrio enfrenta temperaturas extremas, variando de 430°C durante o dia a -180°C à noite. Sua superfície é rochosa, coberta por crateras, semelhante à Lua, e possui uma fina atmosfera (exosfera) composta principalmente por oxigênio, sódio e hidrogênio, incapaz de reter calor.
Não tem luas ou anéis. Mercúrio tem um núcleo metálico grande, que ocupa cerca de 85% de seu raio, gerando um fraco campo magnético. Explorado por missões como Mariner 10 (1974-1975) e MESSENGER (2011-2015), é um planeta de difícil observação da Terra devido à sua proximidade com o Sol.
Vênus: O Planeta Irmão da Terra
Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar em distância do Sol e o mais próximo da Terra, com um diâmetro de cerca de 12.104 km, quase do tamanho do nosso planeta. Conhecido como o "planeta irmão" da Terra devido a semelhanças em tamanho e composição, Vênus tem uma órbita de 225 dias terrestres e uma rotação extremamente lenta, levando 243 dias para completar um giro, com movimento retrógrado (gira no sentido oposto à maioria dos planetas).
Sua superfície é marcada por vulcões, planícies de lava e crateras, coberta por uma espessa atmosfera composta principalmente de dióxido de carbono (96%), com nuvens de ácido sulfúrico, criando um efeito estufa que eleva as temperaturas a cerca de 460°C, tornando-o o planeta mais quente do Sistema Solar.
A pressão atmosférica é 92 vezes maior que a da Terra, e a visibilidade é limitada por nuvens densas. Vênus não possui luas ou anéis e tem um campo magnético fraco. Explorado por missões como Venera (URSS) e Magellan (NASA), é facilmente visível da Terra, conhecido como "Estrela da Manhã" ou "Estrela Vespertina" devido ao seu brilho intenso.
Terra: O Planeta Azul
A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar em distância do Sol, com cerca de 12.742 km de diâmetro. Único corpo celeste conhecido por abrigar vida, possui uma atmosfera rica em nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), que sustenta a biodiversidade e protege contra radiação solar. Sua superfície é composta por 71% de água (oceanos) e 29% de continentes, com uma geologia dinâmica marcada por placas tectônicas, vulcões e montanhas.
A Terra completa uma órbita ao redor do Sol em 365,25 dias (ano) e uma rotação em cerca de 24 horas (dia). Seu campo magnético, gerado pelo núcleo de ferro e níquel, protege contra os ventos solares. Possui uma lua natural, que influencia as marés, e não tem anéis.
A Terra mantém condições ideais para a vida devido à sua distância do Sol, água líquida e atmosfera equilibrada. Explorações espaciais, como as missões Apollo, revelaram sua complexidade, e estudos contínuos monitoram mudanças climáticas e ambientais, no entanto o clima na terra é cíclico pois, está sempre em mudanças.
Marte: O Planeta Vermelho
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar em distância do Sol, com um diâmetro de cerca de 6.792 km, aproximadamente metade do tamanho da Terra. Conhecido como o "Planeta Vermelho" devido à sua coloração avermelhada, causada pelo óxido de ferro (ferrugem) em sua superfície, Marte possui uma atmosfera fina, composta principalmente por dióxido de carbono (95%), com traços de nitrogênio e argônio.
Sua superfície é marcada por vulcões gigantes, como o Olympus Mons (o maior do Sistema Solar), cânions profundos, como o Valles Marineris, e evidências de antigos rios e lagos, sugerindo a presença de água líquida no passado. Marte completa uma órbita em 687 dias terrestres e um dia (sol) dura cerca de 24,6 horas. Não possui anéis, mas tem duas pequenas luas, Fobos e Deimos.
A temperatura média é de -60°C, com variações extremas. Marte tem um fraco campo magnético e é alvo de intensa exploração, com missões como os rovers Curiosity e Perseverance (NASA) investigando sua geologia e a possibilidade de vida passada. É visível da Terra a olho nu e desperta interesse por sua potencial habitabilidade futura.
Júpiter: O Gigante Gasoso
Júpiter é o quinto planeta do Sistema Solar em distância do Sol e o maior de todos, com um diâmetro de cerca de 139.820 km, mais de 11 vezes o da Terra. É um planeta gasoso, composto principalmente por hidrogênio (90%) e hélio, com uma atmosfera turbulenta marcada por faixas de nuvens e a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade gigante que persiste há séculos.
Júpiter completa uma órbita em 11,86 anos terrestres e um dia em apenas 9,9 horas, a rotação mais rápida entre os planetas. Possui um poderoso campo magnético, gerado por seu núcleo metálico líquido, e um sistema de pelo menos 95 luas, incluindo as quatro maiores (luas galileanas): Io, Europa, Ganimedes e Calisto, que apresentam características únicas, como vulcanismo (Io) e possíveis oceanos subterrâneos (Europa).
Júpiter também tem um sistema de anéis tênues, composto por poeira. Sua massa é 318 vezes maior que a da Terra, influenciando fortemente a dinâmica do Sistema Solar. Explorado por missões como Voyager, Galileo e Juno, Júpiter é visível a olho nu da Terra e é um alvo chave para estudos sobre a formação planetária e a busca por vida em suas luas.
Saturno: O Senhor dos Anéis
Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar em distância do Sol e o segundo maior, com um diâmetro de cerca de 116.460 km, aproximadamente 9,5 vezes o da Terra. É um gigante gasoso, composto principalmente por hidrogênio (96%) e hélio, com uma atmosfera marcada por faixas de nuvens e tempestades ocasionais.
Saturno é famoso por seu impressionante sistema de anéis, formado por partículas de gelo e poeira, que o torna um dos objetos mais icônicos do céu. Completa uma órbita em 29,5 anos terrestres e um dia em cerca de 10,7 horas. Possui um campo magnético significativo, embora menos intenso que o de Júpiter, e pelo menos 145 luas, sendo 83 com órbitas confirmadas.
A maior lua, Titã, é maior que Mercúrio e tem uma atmosfera densa, com evidências de lagos de metano. Outras luas, como Encélado, mostram atividade geológica com gêiseres de água, sugerindo oceanos subterrâneos. Explorado por missões como Voyager e Cassini, Saturno é visível a olho nu da Terra e fascina por sua beleza e complexidade, sendo um alvo importante para estudos sobre formação planetária e habitabilidade.
Urano: O Gigante Gelado
Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar em distância do Sol e o terceiro maior, com um diâmetro de cerca de 50.724 km, aproximadamente quatro vezes o da Terra. É um gigante gasoso, classificado como "gigante gelado" devido à sua composição rica em água, amônia e metano, que dá à sua atmosfera uma coloração azul-esverdeada.
Sua atmosfera é relativamente calma, com ventos fortes e temperaturas médias de -195°C, uma das mais frias do Sistema Solar. Urano completa uma órbita em 84 anos terrestres e tem uma rotação de cerca de 17,2 horas, com uma inclinação axial extrema de 98°, fazendo com que "role" de lado, resultando em estações prolongadas.
Possui um campo magnético inclinado e assimétrico, e um sistema de 27 luas conhecidas, como Titânia, Oberon, Umbriel, Ariel e Miranda, nomeadas em homenagem a personagens de Shakespeare e Pope. Seu sistema de anéis é tênue, composto por partículas escuras.
Explorado principalmente pela missão Voyager 2 em 1986, Urano é difícil de observar a olho nu da Terra, mas é um alvo de interesse para estudos sobre a formação de planetas e atmosferas exóticas.
Netuno: O Gigante Azul
Netuno é o oitavo e mais distante planeta do Sistema Solar em relação ao Sol, com um diâmetro de cerca de 49.244 km, aproximadamente quatro vezes o da Terra. Classificado como um gigante gelado, é composto principalmente por água, amônia e metano, que conferem à sua atmosfera uma intensa coloração azul.
Sua atmosfera é dinâmica, com ventos que atingem até 2.400 km/h, os mais rápidos do Sistema Solar, e tempestades como a Grande Mancha Escura, observada pela Voyager 2. Netuno completa uma órbita em 164,8 anos terrestres e um dia em cerca de 16,1 horas.
Possui um campo magnético forte e inclinado, e 14 luas conhecidas, sendo a maior, Tritão, geologicamente ativa com gêiseres de nitrogênio. Seu sistema de anéis é fino e escuro. Descoberto em 1846 por cálculos matemáticos baseados em perturbações na órbita de Urano, Netuno foi explorado apenas pela Voyager 2 em 1989.
É dificilmente visível a olho nu da Terra, mas sua atmosfera vibrante e luas intrigantes o tornam um alvo importante para estudos sobre planetas externos e formação do Sistema Solar.
Luas do Sistema Solar
As luas, ou satélites naturais, são corpos celestes que orbitam planetas no Sistema Solar. Cada planeta, exceto Mercúrio e Vênus, possui luas, com variações em número, tamanho e características. Aqui está um resumo com base nos planetas mencionados:
- Terra (1 lua): A Lua, com 3.474 km de diâmetro, é o quinto maior satélite do Sistema Solar. Sua superfície é coberta por crateras e mares basálticos. Influencia as marés terrestres e estabiliza a inclinação axial da Terra. Foi explorada por missões Apollo.
- Marte (2 luas): Fobos (22 km de diâmetro) e Deimos (12 km) são pequenas, irregulares e provavelmente asteroides capturados. Fobos orbita muito perto de Marte e está se aproximando do planeta, podendo colidir ou formar um anel no futuro. Ambas têm superfícies crateradas.
- Júpiter (95 luas conhecidas): As mais notáveis são as luas galileanas: Io (vulcânica, a mais ativa do Sistema Solar), Europa (com possível oceano subterrâneo), Ganimedes (maior lua do Sistema Solar, maior que Mercúrio) e Calisto (muito craterada). Outras são menores e irregulares, muitas em órbitas retrógradas.
- Saturno (145 luas, 83 com órbitas confirmadas): Titã, a maior, tem 5.150 km e uma atmosfera densa com lagos de metano. Encélado é conhecido por gêiseres de água, sugerindo um oceano subterrâneo. Outras, como Reia e Dione, são geladas e crateradas.
- Urano (27 luas conhecidas): Nomeadas em homenagem a personagens de Shakespeare e Pope, como Titânia, Oberon, Umbriel, Ariel e Miranda. São corpos gelados, com superfícies marcadas por crateras e falhas tectônicas. Miranda tem um terreno geologicamente complexo.
- Netuno (14 luas conhecidas): Tritão, a maior, é geologicamente ativa, com gêiseres de nitrogênio e uma órbita retrógrada, sugerindo que foi capturada. Outras luas, como Nereida, são menores e menos estudadas.
As luas variam de mundos geologicamente ativos (como Io e Encélado) a corpos inativos e craterados (como Deimos). Algumas, como Europa e Encélado, são alvos de interesse por possíveis oceanos subterrâneos que podem abrigar vida. Explorações, como as da Voyager e Cassini, forneceram dados cruciais, e futuras missões visam estudar luas como Europa e Titã em detalhes.
Galáxias Conhecidas
Galáxias são sistemas massivos formados por estrelas, planetas, gases, poeira cósmica e matéria escura, unidos pela gravidade. Estima-se que existam cerca de 2 trilhões de galáxias no Universo observável, variando em forma, tamanho e composição. Elas são classificadas em três tipos principais, com base em sua estrutura, conforme estabelecido por Edwin Hubble em 1925:
- Galáxias Espirais: Caracterizadas por um disco com braços curvos, onde ocorrem formação de estrelas. A Via Láctea, nossa galáxia, é uma espiral com cerca de 100 a 200 bilhões de estrelas e um diâmetro de 100.000 anos-luz. Possui um núcleo central, disco e halo, e evidências sugerem a presença de um buraco negro supermassivo em seu centro.
- Galáxias Elípticas: Têm formato esférico ou elipsoidal, com pouca poeira e gás, resultando em baixa formação estelar. Variam de pequenas a gigantes, como as galáxias cD, que possuem halos extensos e até 1 trilhão de estrelas. Muitas contêm buracos negros supermassivos no centro.
- Galáxias Irregulares: Não possuem estrutura definida, com formas caóticas. São ricas em gás e poeira, favorecendo a formação estelar. Exemplos incluem as Nuvens de Magalhães, visíveis do hemisfério sul.
Resumo das Principais Galáxias Conhecidas com Nome e Características
As galáxias são sistemas massivos de estrelas, planetas, gases, poeira e matéria escura, unidos pela gravidade, com cerca de 2 trilhões no Universo observável. Abaixo, um resumo das galáxias mais notáveis, com seus nomes e características principais, focando no Grupo Local e algumas galáxias icônicas:
1. Via Láctea
1.1. Tipo: Espiral barrada (SBbc).
1.1.1. Características**: Nossa galáxia, com 100.000 anos-luz de diâmetro e 100-200 bilhões de estrelas. Possui um núcleo central com um buraco negro supermassivo (Sagitário A*), braços espirais ricos em formação estelar e um halo de matéria escura. Abriga o Sistema Solar, a 27.000 anos-luz do centro. Visível como uma faixa brilhante no céu noturno.
2. Galáxia de Andrômeda (M31)
2.1. Tipo: Espiral barrada (SBb).
2.1.1. Características: Maior galáxia do Grupo Local, com 220.000 anos-luz de diâmetro e cerca de 1 trilhão de estrelas. Localizada a 2,5 milhões de anos-luz da Terra, é a galáxia espiral mais próxima. Possui um núcleo ativo e está em rota de colisão com a Via Láctea em ~4,5 bilhões de anos. Visível a olho nu em condições ideais.
3. Grande Nuvem de Magalhães (LMC)
3.1. Tipo: Irregular (anteriormente classificada como espiral barrada anã).
3.1.1. Características: Galáxia satélite da Via Láctea, a 163.000 anos-luz, com 14.000 anos-luz de diâmetro e ~30 bilhões de estrelas. Rica em gás e poeira, com intensa formação estelar, como na Nebulosa da Tarântula. Visível no hemisfério sul.
4. Pequena Nuvem de Magalhães (SMC)
4.1. Tipo: Irregular.
4.1.1. Características: Menor que a LMC, a 200.000 anos-luz da Terra, com 7.000 anos-luz de diâmetro e ~3 bilhões de estrelas. Também satélite da Via Láctea, é rica em regiões de formação estelar. Visível no hemisfério sul.
5. Galáxia do Triângulo (M33)
5.1.Tipo: Espiral (SAc).
5.1.1. Características**: Terceira maior do Grupo Local, a 2,7 milhões de anos-luz, com 60.000 anos-luz de diâmetro e ~40 bilhões de estrelas. Tem braços espirais bem definidos e alta taxa de formação estelar. Menos massiva que Andrômeda e a Via Láctea.
6. Galáxia de Centaurus A (NGC 5128)
6.1. Tipo: Elíptica/lenticular com características de rádio-galáxia.
6.1.1. Características: A 12 milhões de anos-luz, possui um diâmetro de ~100.000 anos-luz. Tem uma faixa de poeira distinta e um buraco negro supermassivo ativo, emitindo jatos de rádio. Resultado de uma fusão galáctica, é uma das mais brilhantes no céu.
7. Galáxia do Sombrero (M104)
7.1. Tipo: Espiral/lenticular (SAa).
7.1.1. Características: A 29 milhões de anos-luz, com 50.000 anos-luz de diâmetro. Conhecida por seu núcleo brilhante e faixa de poeira proeminente, parecendo um sombrero. Contém um buraco negro supermassivo e é rica em aglomerados globulares.
8. Galáxia de Messier 87 (M87)
8.1. Tipo: Elíptica gigante (E0).
8.1.1. Características: Localizada no aglomerado de Virgem, a 53 milhões de anos-luz, com 120.000 anos-luz de diâmetro. Abriga um buraco negro supermassivo (fotografado pelo Event Horizon Telescope em 2019) e jatos relativísticos. Contém até 1 trilhão de estrelas.
9. Galáxia Anã de Canis Major
9.1. Tipo: Irregular.
91.1. Características: Galáxia satélite da Via Láctea, a apenas 25.000 anos-luz do Sistema Solar, com ~10 bilhões de estrelas. Descoberta em 2003, está sendo absorvida pela Via Láctea, contribuindo para sua estrutura.
10. Galáxia de Barnard (NGC 6822)
10.1. Tipo: Irregular.
10.1.1. Características**: Parte do Grupo Local, a 1,6 milhão de anos-luz, com 7.000 anos-luz de diâmetro. Rica em estrelas jovens e nebulosas, semelhante às Nuvens de Magalhães, mas mais distante.
Observações Gerais:
- Tipos: Galáxias são classificadas como espirais (com braços e disco), elípticas (esféricas, com pouca formação estelar) e irregulares (caóticas, ricas em gás). Há também lenticulares e formas peculiares resultantes de interações.
- Grupo Local: Inclui cerca de 50 galáxias, dominado pela Via Láctea, Andrômeda e Triângulo, com muitas galáxias anãs como satélites.
- Interações: Colisões e fusões moldam galáxias, como a futura fusão Via Láctea-Andrômeda.
- Importância: Galáxias são cruciais para entender a formação do Universo, com observações de telescópios como Hubble e James Webb revelando galáxias distantes formadas logo após o Big Bang.
Este resumo cobre as galáxias mais conhecidas e representativas, com foco em suas características distintas e relevância no contexto do Universo.
Nebulosas: Nuvens Cósmicas do Universo
Nebulosas são vastas nuvens de gás e poeira no espaço, frequentemente associadas a regiões de formação ou morte de estrelas. Elas estão entre os objetos mais belos e fascinantes do universo, visíveis em diferentes formas e cores, dependendo de sua composição e interação com a luz estelar. Aqui estão os principais pontos sobre nebulosas:
1. O que são nebulosas?
- Nebulosas são compostas principalmente por hidrogênio (cerca de 90%), hélio e pequenas quantidades de outros elementos e poeira cósmica.
- Podem se estender por anos-luz e variar em densidade, desde regiões difusas até áreas densas o suficiente para formar estrelas.
- O termo "nebulosa" vem do latim nebula, que significa "nuvem", devido à sua aparência difusa em telescópios antigos.
2. Tipos de Nebulosas
As nebulosas são classificadas com base em suas características e processos associados:
- Nebulosas de Emissão: Brilham devido à ionização do gás por estrelas quentes próximas (ex.: Nebulosa de Órion). São frequentemente regiões de formação estelar.
- Nebulosas de Reflexão: Refletem a luz de estrelas próximas, sem emitir luz própria (ex.: Nebulosa das Plêiades).
- Nebulosas Escuras: Blocos densos de gás e poeira que bloqueiam a luz de fundo (ex.: Nebulosa da Cabeça de Cavalo).
- Nebulosas Planetárias: Formadas quando estrelas de baixa a média massa liberam suas camadas externas no fim de suas vidas (ex.: Nebulosa do Anel).
- Remanescentes de Supernova: Resultado da explosão de estrelas massivas, espalhando material estelar pelo espaço (ex.: Nebulosa do Caranguejo).
3. Formação e Papel no Universo
- Nebulosas são berçários estelares, onde a gravidade comprime o gás e a poeira, formando novas estrelas.
- Também desempenham um papel no ciclo de vida estelar, reciclando material ejetado por estrelas moribundas, que pode ser incorporado em novas gerações de estrelas e planetas.
- Algumas nebulosas contêm moléculas complexas, como aminoácidos, sugerindo que podem ter contribuído para a origem da vida.
4. Exemplos Famosos
- Nebulosa de Órion (M42): Uma das mais conhecidas, localizada a cerca de 1.344 anos-luz, é um exemplo de nebulosa de emissão e formação estelar.
- Nebulosa do Caranguejo: Remanescente de uma supernova observada em 1054, rica em elementos pesados.
- Nebulosa da Águia (M16): Famosa pelos "Pilares da Criação", colunas de gás onde estrelas estão nascendo.
5. Observação
- Nebulosas são estudadas com telescópios em diferentes comprimentos de onda (visível, infravermelho, rádio, raios X) para entender sua composição e dinâmica.
- Telescópios como o Hubble e o James Webb capturam imagens detalhadas, revelando estruturas complexas e processos astrofísicos.
6. Importância Cultural e Científica
- Culturalmente, nebulosas inspiram mitos, arte e explorações filosóficas sobre o cosmos.
- Cientificamente, são laboratórios naturais para estudar a formação estelar, a evolução química do universo e os processos que moldam galáxias.
Conclusão: Nebulosas são estruturas fundamentais no universo, conectando o nascimento e a morte de estrelas ao ciclo cósmico de criação. Sua beleza e complexidade continuam a cativar astrônomos e entusiastas, enquanto revelam segredos sobre a história e a evolução do cosmos.
Nebulosas de Emissão: Berçários Estelares Iluminados
As nebulosas de emissão são nuvens de gás ionizado, principalmente hidrogênio, que brilham ao emitir luz própria devido à energia de estrelas quentes próximas. Elas são regiões vibrantes do cosmos, frequentemente associadas à formação de estrelas. Abaixo está um resumo conciso:
1. Características
- Compostas majoritariamente por hidrogênio (cerca de 90%), hélio e traços de outros elementos.
- Emitem luz visível, geralmente em tons avermelhados (devido à linha de emissão H-alfa do hidrogênio), quando o gás é ionizado por radiação ultravioleta de estrelas jovens e massivas.
- Podem se estender por centenas de anos-luz e variar em densidade.
2. Formação e Processo
- Formam-se em regiões ricas em gás e poeira, onde a gravidade pode colapsar o material, iniciando a formação de estrelas.
- Estrelas quentes (geralmente do tipo O ou B) emitem radiação ultravioleta intensa, que ioniza o gás ao redor, fazendo-o brilhar.
- São frequentemente encontradas em braços espirais de galáxias, onde a densidade de matéria é maior.
3. Exemplos Famosos
- Nebulosa de Órion (M42): Localizada a cerca de 1.344 anos-luz, é uma das nebulosas de emissão mais conhecidas e um ativo berçário estelar.
- Nebulosa da Águia (M16): Famosa pelos "Pilares da Criação", colunas de gás e poeira onde novas estrelas estão nascendo.
- Nebulosa da Lagoa (M8): Uma região brilhante de formação estelar visível a olho nu em condições ideais.
4. Importância
- Atuam como berçários estelares, sendo cruciais para o estudo da formação de estrelas e sistemas planetários.
- Contêm moléculas complexas, como compostos orgânicos, que podem estar ligados à origem da vida.
- Fornecem dados sobre a composição química e os processos dinâmicos em galáxias.
5. Observação
- Observadas com telescópios em luz visível, infravermelho e rádio para captar detalhes de sua estrutura e composição.
- Imagens de telescópios como o Hubble e o James Webb revelam detalhes impressionantes, como nuvens densas e jatos estelares.
Conclusão: As nebulosas de emissão são laboratórios cósmicos que iluminam o processo de nascimento estelar e a evolução do universo. Sua luz brilhante e estruturas complexas as tornam objetos de estudo fundamentais e visualmente deslumbrantes na astronomia.
Nebulosas de Reflexão: Espelhos Cósmicos de Luz Estelar
As nebulosas de reflexão são nuvens de gás e poeira que brilham ao refletir a luz de estrelas próximas, sem emitir luz própria. Elas são conhecidas por sua aparência suave e tons azulados, sendo objetos fascinantes no estudo do cosmos. Abaixo está um resumo conciso:
1. Características
- Compostas principalmente por poeira interestelar, com pequenas quantidades de gás (hidrogênio e hélio).
- Refletem a luz de estrelas próximas, geralmente estrelas jovens e quentes, o que lhes confere um brilho difuso, muitas vezes azul, devido à dispersão da luz (semelhante ao céu terrestre).
- São menos brilhantes que nebulosas de emissão, pois dependem da luz estelar refletida.
2. Formação e Processo
- Formam-se em regiões ricas em poeira, frequentemente próximas a estrelas que ainda não são quentes o suficiente para ionizar o gás, como ocorre nas nebulosas de emissão.
- A poeira espalha a luz estelar, com comprimentos de onda mais curtos (azul) sendo mais dispersos, dando a tonalidade característica.
- Podem estar associadas a regiões de formação estelar, coexistindo com nebulosas de emissão ou escuras.
3. Exemplos Famosos
- Nebulosa das Plêiades (M45): Um aglomerado estelar cercado por uma nebulosa de reflexão, visível a olho nu, com um brilho azulado característico.
- Nebulosa da Bruxa (IC 2118): Uma nebulosa de reflexão iluminada pela estrela Rigel, na constelação de Órion.
- NGC 7023 (Nebulosa da Íris): Uma nebulosa de reflexão com uma estrela central brilhante, destacando a poeira ao seu redor.
4. Importância
- Permitem estudar a composição e a distribuição da poeira interestelar, que desempenha um papel crucial na formação de estrelas e planetas.
- Ajudam a entender a interação entre estrelas e o meio interestelar.
- Sua luz refletida fornece dados sobre as propriedades das estrelas que as iluminam.
5. Observação
- Observadas principalmente em luz visível e infravermelho, com telescópios como o Hubble e o James Webb capturando detalhes da poeira e da luz dispersa.
- Sua aparência delicada as torna alvos populares em astrofotografia.
Conclusão: As nebulosas de reflexão são como espelhos cósmicos, destacando a beleza da luz estelar espalhada pela poeira interestelar. Embora menos brilhantes que outros tipos de nebulosas, elas oferecem insights valiosos sobre o meio interestelar e os processos de formação estelar, encantando astrônomos e observadores do céu.
Nebulosas escuras
As nebulosas escuras ou opacas são bastante visíveis até mesmo da Terra. Esse tipo de nebulosa produz regiões escuras que apresentam bastante contraste com o brilho das estrelas da Via Láctea.
As nebulosas escuras são chamadas de nuvens moleculares, uma vez que, diferentemente dos outros tipos de nebulosas, em seu interior há grandes quantidades de gases moleculares, tais como as moléculas H2 e He2. Esses gases fazem com que a opacidade dessas nebulosas bloqueie a luz de outras estrelas e nebulosas vizinhas.
Uma das mais famosas nebulosas escuras é a Nebulosa Cabeça de Cavalo, localizada a 1500 anos-luz da Terra e que faz parte da constelação de Órion. Seu nome tem origem em seu formato característico que lembra a silhueta de um equino.
Nebulosas planetárias
As nebulosas planetárias são nebulosas de emissão cujo formato confundia alguns dos primeiros astrônomos que utilizavam instrumentos de observação rudimentares. Esse tipo de nebulosa tem origem na ejeção de massa das estrelas gigantes vermelhas de massas intermediárias. Essas estrelas não são massivas o suficiente para produzir supernovas, por isso, no final de suas vidas, passam a fundir o elemento hélio em seu núcleo, dando origem aos átomos de carbono e oxigênio.
O núcleo dessas estrelas passa a ficar cada vez mais comprimido e quente. Isso faz com que ele emita uma grande quantidade de radiação, e a estrela passa a ejetar uma grande parte de sua massa na forma de ventos estelares, dando origem à forma inicial da nebulosa planetária.
A visibilidade das nebulosas planetárias é garantida a partir do momento em que o núcleo da estrela esquenta a ponto de emitir a radiação ultravioleta. Esse tipo de nebulosa tem grande importância para o enriquecimento galático: sua ocorrência produz átomos mais pesados, essenciais para a formação de minerais e outras moléculas.
As nebulosas planetárias, como a Nebulosa do Anel, mostrada na figura anterior, são bastante reduzidas em comparação aos demais tipos de nebulosas, além disso, são bastante simétricas e emitem pouca luz.
Diferença entre Asteroide, Cometa e Meteoro
Asteroides, cometas e meteoros são objetos distintos e comumente citados no nosso cotidiano. Existem diferenças básicas entre eles:
Asteroides
Os asteroides são corpos rochosos, geralmente metálicos, remanescentes do violento passado dos planetas, ou seja, são detritos originados de colisões entre planetas, por exemplo. A maior parte dos asteroides do Sistema Solar está localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter, não possui formato definido e nem gravidade suficiente para que seja considerada planeta (asteroides muito grandes costumam ser chamados de planetoides).
Grande parte dos asteroides no Sistema Solar apresenta cerca de um quilômetro de diâmetro, mas alguns podem chegar a centenas de quilômetros. Asteroides pequenos, geralmente com menos de um quilômetro de diâmetro, são chamados de meteoroides.
Cometas
Os cometas são geralmente formados por gases e gelos solidificados pelas baixas temperaturas do espaço. Quando se aproximam do Sol, passam a exibir uma longa e brilhante cauda, que surge em razão da evaporação de sua superfície quando exposta aos ventos solares.
Podem ser divididos entre cometas periódicos e não periódicos: os primeiros apresentam órbitas bastante elípticas em torno do Sol, e os não periódicos descrevem órbitas aproximadamente parabólicas, podendo retornar às proximidades do Sol somente em milhares de anos, caso voltem.
Meteoro
Quando um meteoroide adentra a atmosfera terrestre, ele passa a ser chamado de meteoro. Os meteoros apresentam uma cauda brilhante e geralmente são chamados de estrelas cadentes. A grande velocidade (por volta de 250.000 km/h) com a qual os meteoros entram na atmosfera junto ao atrito com o ar normalmente destroem a maioria dos meteoros menores, produzindo pequenos detritos, os chamados meteoritos.
Curiosidades sobre cometas, asteroides e meteoros
Sempre que um cometa periódico orbita em distâncias próximas ao Sol, sua massa é diminuída pelo processo de sublimação do gelo (sublimação: passar diretamente do estado sólido ao gasoso). A radiação solar intensa é responsável por transformar o gelo dos cometas, formado por água, gás metano, amônia e dióxido de carbono, em gases, que dão origem as suas longas caudas. É por esse motivo que todo cometa pode simplesmente desaparecer após alguns milhares de anos.
Um dos mais famosos cometas conhecidos é o Cometa Halley. Ele completa uma órbita em torno do Sol a cada 76 anos.
Todo cometa possui uma pequena atmosfera chamada de coma, que é formada pela sublimação dos gases pela radiação solar. A coma estendida pelo vento solar forma a cauda dos cometas.
Sabe-se que milhões de meteoroides adentram a atmosfera terrestre diariamente, no entanto, pouquíssimos conseguem chegar até nós por causa da sua grande velocidade e do grande atrito com a atmosfera terrestre.
Estima-se que cerca de 100 toneladas de cometas e asteroides caiam em direção à Terra todos os dias.
Dados astronômicos indicam que, durante toda a sua história cosmológica, a Terra foi atingida por asteroides do tamanho de um campo de futebol, em média, a cada 2000 anos.
Todos os anos um asteroide de tamanho similar ao de um carro de passeio entra na atmosfera terrestre, no entanto, são raros os que conseguem chegar à superfície da Terra.
Alguns asteroides possuem massas tão grandes que podem ter até mesmo suas próprias luas.
Um dos maiores e mais famosos asteroides conhecidos do Sistema Solar chama-se Ceres. Ele é comumente classificado como um planetoide em virtude da sua extensão de 952 quilômetros.
Estima-se que a cada 10 milhões de anos a Terra seja atingida por asteroides com mais de 5 quilômetros de extensão.
O último grande evento de impacto de um asteroide com a Terra aconteceu há cerca de 65 milhões de anos. Esse evento em particular marcou o fim da Era Cretácea, extinguindo grande parte da vida terrestre. O asteroide envolvido nesse evento apresentava cerca de 10 quilômetros de extensão.
Um asteroide de tamanho similar a um carro de passeio atinge a atmosfera terrestre com energia similar à da explosão produzida pela bomba atômica lançada em Hiroshima, no Japão: cerca de 15 quilotons, o equivalente à detonação de 15 mil toneladas de dinamite.
Em 1908, em Tunguska, na Rússia, um asteroide de algumas dezenas de metros destruiu uma enorme região florestal de 2150 quilômetros quadrados (uma área do tamanho do arquipélago de Açores). O asteroide em questão não chegou a colidir com o solo. Toda a destruição foi causada pelo deslocamento de ar do asteroide, que explodiu entre 5 e 10 quilômetros de altura, com energia próxima de mil bombas nucleares de 30 megatons.
Um meteorito chamado Hoba foi encontrado na Namíbia, no continente africano. Ele caiu na Terra há 80.000 anos, e sua massa, constituída principalmente de Níquel e outros metais, e pesa cerca de 60 toneladas.
A velocidade de entrada dos asteroides na Terra depende bastante do seu formato, no entanto, há casos em que esses corpos chegam até nós com velocidades superiores a 72 quilômetros por segundo, cerca de 259.000 km/h.
Estrelas cadentes
As populares estrelas cadentes são, na verdade, corpos celestes que entram na atmosfera terrestre. Em virtude do atrito com a atmosfera, esses elementos entram em combustão e formam um rastro de luz que pode ser observado à noite. Portanto, as estrelas cadentes não são estrelas que caíram do céu, mas objetos que podem ser restos de cometas ou fragmentos de asteroides.
As "estrelas cadentes" entram em nossa atmosfera com uma velocidade de aproximadamente 250.000 km/h. A maioria delas é totalmente desintegrada antes de chegarem ao chão. Geralmente são completamente destruídas em altitudes entre 90 km e 130 km da superfície terrestre.
As chuvas de meteoros que ocorrem durante o ano recebem nomes que derivam das constelações do zodíaco. Essa nomenclatura é dada pelo fato de a chuva ocorrer justamente na região do céu onde determinada constelação é observada e por ter origem na constelação.